Humoristas do 'Tons de Comédia' impedidos de entrar em Moçambique por questões de visto
O grupo chegou a Moçambique com intenção de realizar um espetáculo, mas foi barrado na imigração. Tentaram regularizar a situação, mas a entrada foi recusada pelas autoridades.

O grupo de humoristas 'Tons de Comédia', composto por Hugo Sousa, Gilmário Vemba e Murilo Couto, viu-se impedido de entrar em Moçambique no passado domingo, dia 20 de julho. Em comunicado, a comédia revelou que tentaram adquirir um "visto de atividades culturais" no aeroporto, com o intuito de realizar o espetáculo programado.
Após o desembarque, foram abordados por um agente da autoridade, que solicitou os passaportes. O agente argumentou que a prioridade de atendimento se devia à proximidade do evento. No balcão de imigração, foi solicitado o visto cultural, sendo que a documentação relevante para Murilo Couto, o único que necessitava de visto, tinha sido previamente enviada sem resposta.
O grupo, que acreditava ter toda a documentação em ordem, estava disposto a pagar pelo visto na fronteira, dado que uma tabela de preços estava afixada no local. Contudo, foi-lhes pedido que aguardassem. O promotor local envidou esforços para resolver a situação, mas as respostas da imigração eram vagas.
Após cerca de uma hora, a comitiva foi informada pela companhia aérea TAAG que a imigração tinha decidido devolver o grupo a Luanda. Devido à sobrelotação dos voos, o retorno não seria imediato, levando à decisão de cancelar o espetáculo e reembolsar os bilhetes vendidos.
Pela noite, após insistentes tentativas do agente do grupo, foi apenas permitido que o manager Pedro Gonçalves saísse do aeroporto como turista. Este, no entanto, recusou abandonar os colegas. Ao final, a autorização de rezar no aeroporto foi dada, mas apenas para aguardar o voo da TAP para Lisboa, sem qualquer possibilidade de sair e pernoitar no hotel.
As autoridades moçambicanas justificaram a recusa de entrada ao alegar que o grupo não cumpriu os critérios necessários, já que a atividade que pretendiam realizar era considerada cultural. O Serviço Nacional de Migração reforçou que o cumprimento das regras é essencial para a entrada no país.