Em meio a um cessar-fogo, o líder do Hezbollah condena a ofensiva israelita nos subúrbios de Beirute, enquanto Israel justifica os seus ataques como resposta a violações e ameaças à segurança.
Condenação do Hezbollah: O líder do Hezbollah, Naim Qassem, repudiou o ataque ocorrido no domingo aos subúrbios a sul de Beirute, classificando-o de "agressão injustificada" que, em plena vigência do cessar-fogo, pretende alterar as regras estabelecidas.
Acusações e justificações: Para o Exército israelita, os ataques – que somaram mais de 50 alvos "terroristas" no Líbano durante o último mês – foram desencadeados após violações do cessar-fogo e dos acordos bilaterais, numa tentativa de neutralizar ameaças à segurança de Israel. Este foi o terceiro ataque aos subúrbios de Beirute desde o início do acordo.
Reação internacional e posicionamento militar: O Presidente libanês, Joseph Aoun, apelou imediatamente à intervenção dos Estados Unidos e da França, responsáveis pelo acordo, para que pressionem Israel a cessar os ataques. Por sua vez, o gabinete do Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o alvos incluíam um armazém usado pelo Hezbollah para estocar mísseis de precisão, com o intuito de impedir que os militantes do grupo utilizem a zona como porto seguro.
Contexto do cessar-fogo: Apesar do acordo estabelecido a 27 de novembro – que previa o reposicionamento das forças do Hezbollah para ao norte do rio Litani e a desmobilização das restantes infraestruturas militares no sul –, o ambiente de tensão persiste, com a presença contínua de tropas israelitas em cinco posições estratégicas na região.