A interrupção massiva de energia obrigou o encerramento do Aeroporto Humberto Delgado, deixando inúmeros passageiros varados e sem informações.
Lisboa, 11:30 – Em consequência de um apagão generalizado que afectou Portugal, vários países europeus e parte da França, o Aeroporto Humberto Delgado encerrou as suas operações, deixando milhares de pessoas à intemperie.
Do lado de fora do Terminal 1, nas imediações da estação de metro fechada e de uma zona rodoviária congestionada, os passageiros encontraram-se temporariamente sem meios de acesso ao interior do aeroporto. Uma fonte policial confirmou que apenas são admitidos os passageiros de voos já em aterragem e situações de emergência.
No interior, alguns passageiros conseguiam aceder à área de partidas, tendo efetuado o check-in previamente. Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) enfatizou que quem conseguiu entrar deverá prosseguir com o embarque, apesar da indisponibilidade da rede elétrica.
Relatos dos passageiros denunciam o caos instaurado. David, polaco, encontrou dificuldades para entrar ao aeroporto e Gonçalo, cidadão português com destino a Barcelona, viu o seu voo adiado. Ana, parte de um grupo de pais com voo marcado para a República Dominicana, relatou que, ao chegarem com antecedência, foram obrigados a esperar numa Rotunda que se encheu de pessoas.
Enquanto alguns funcionários distribuíam água – sobretudo às crianças – a maior queixa dos presentes foi a ausência de informações oficiais, tanto por parte das autoridades do aeroporto como das companhias aéreas.
Um grupo de mulheres irlandesas também registou transtornos, tendo quase perdido o acesso ao Terminal 2, onde algumas das suas companheiras já haviam entrado, e o seu voo foi cancelado, obrigando-as a viajar em três combinações distintas rumo à Irlanda e à França.
A REN – Redes Energéticas Nacionais – confirmou o corte de energia em toda a Península Ibérica e parte do território francês, anunciando que os planos de normalização do fornecimento serão implementados gradual e por etapas.