Política

Governo ausente: PS denuncia desamparo no SNS

há 2 semanas

Mariana Vieira da Silva critica a falta de ação do Governo face ao encerramento de urgências e à deterioração dos serviços de saúde, resultante de promessas incumpridas.

Governo ausente: PS denuncia desamparo no SNS

Mariana Vieira da Silva, dirigente do Partido Socialista, acusou este fim de semana o Governo de se manter ausente e de criar falsas expectativas durante a campanha eleitoral de 2024. Segundo ela, as promessas de respostas rápidas e de soluções fáceis para os desafios do Serviço Nacional de Saúde acabam por não se concretizar, agravando a situação das urgências dos hospitais.

Durante uma coletiva na sede nacional do PS, a dirigente criticou a interrupção de reformas em curso, substituídas por um plano que prometia resultados em apenas 60 dias, os quais nunca se verificaram. “Foram afastados não só dirigentes do Ministério da Saúde, como também várias administrações hospitalares, o que nos deixou com mais serviços encerrados do que no ano passado”, afirmou, referindo-se ao fecho de oito urgências no sábado e dez no domingo.

Mariana Vieira da Silva sublinhou ainda que o setor da saúde tem sido marcado por promessas não cumpridas, criticando a coligação liderada pela AD, que prometera médicos de família para todos, o fim das listas de espera e melhorias nas urgências, mas que na prática tem visto um agravamento de todos esses problemas.

Em adição, a dirigente apontou a ausência de respostas concretas por parte do Governo, não havendo sinal nem do primeiro-ministro nem da ministra da Saúde para tranquilizar os cidadãos. “Num momento de dificuldade, é fundamental que o Governo dê a cara e comunique à população. Contudo, a reação tem sido o silêncio e o desaparecimento”, acusou.

Questionada sobre a possível nomeação da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para um cargo político e a abordagem adotada pelo PS para resolver a falta de médicos de família, Mariana destacou que o partido rejeita soluções rápidas e simplistas. Para o PS, a resposta passa por políticas que valorizem a carreira médica – como a flexibilização dos horários e um maior apoio aos profissionais que se deslocarem para áreas carenciadas –, bem como pela integração e coordenação das urgências através de uma gestão mais próxima entre o Governo e as administrações hospitalares.

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