Fronteiras à Prova: Comunidades Enfrentam Crise de Energia

Após um apagão que atingiu a Península Ibérica e parte de França desde as 11:30, a energia elétrica voltou gradualmente a circular em diversas localidades fronteiriças. Em Alcanices, na província de Zamora, o fornecimento foi reestabelecido por volta das 15:30, permitindo a normalização dos abastecimentos de combustível – embora a falta das comunicações móveis continue a ser um desafio.

No percurso entre Alcanices e terras portuguesas, a situação foi igualmente registada em Moveros. De ambos os lados da fronteira, os habitantes demonstram inquietação, mesmo enquanto a rotina agrícola prossegue em locais como Constantim, no concelho de Miranda do Douro.

Nesta região, os moradores já debatem os riscos da falta de energia, em especial no que diz respeito à conservação de alimentos. Em Genisio, por exemplo, Etelvina Antão manifestou a preocupação com o possível abandono dos alimentos armazenados, enquanto Irene Domingues, inicialmente confiante, adotou uma postura cautelosa, evitando a acumulação de produtos.

Nas cidades de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso, a crise impactou também os serviços essenciais, tendo postos de combustível e estabelecimentos comerciais encerrado temporariamente as suas atividades.

A REN – Redes Energéticas Nacionais sinalizou a complexidade do processo de restabelecimento, afirmando que a normalização total dos serviços será gradual e ainda sem previsão definitiva. Contudo, no final da tarde, algumas áreas dos distritos do Porto e Santarém já voltaram a usufruir de eletricidade.