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EUA exigem a destituição de Francesca Albanese, acusando-a de má conduta na ONU

Os EUA pediram a remoção de Francesca Albanese do cargo de relatora especial da ONU por alegada má conduta e antissemitismo. Suspeitam que suas afirmações sobre Israel possam prejudicar a credibilidade da organização.

01/07/2025 22:50
EUA exigem a destituição de Francesca Albanese, acusando-a de má conduta na ONU

Os Estados Unidos solicitaram hoje ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a expulsão de Francesca Albanese do seu cargo de relatora especial sobre os direitos humanos na Palestina. A missão norte-americana nas Nações Unidas manifestou preocupações significativas com a conduta da diplomata italiana, reiterando a necessidade de Guterres "condenar as suas atividades e pedir a sua remoção".

Washington argumenta que a continuidade de Albanese no cargo pode comprometer a credibilidade da ONU e a acusa de promover atos de "antissemitismo". Alega ainda que as declarações da relatora, nas quais descreve as ações de Israel em Gaza como genocídio e sugere a existência de um sistema de "apartheid", são "falsas e ofensivas".

A missão diplomática dos EUA criticou Albanese por ter intensificado um comportamento que considera "antissemitismo virulento". O comunicado revela que Albanese tem enviado comunicações ameaçadoras a várias organizações e empresas, argumentando que estas estão envolvidas em graves violações dos direitos humanos. Para os EUA, estas ações configuram uma inaceitável campanha de guerra económica contra a economia americana e global.

Albanese está prestes a apresentar um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde argumentará que o "genocídio" em Gaza é lucrativo para várias multinacionais. Os Estados Unidos já haviam expressado oposição à renovação do seu mandato até 2028, advertindo que isso representaria desrespeito pelo código de conduta dos relatores da ONU.

A missão norte-americana criticou ainda as qualificações da relatora, afirmando que ela nunca foi licenciada para exercer advocacia, apesar de se apresentar como advogada internacional. A demanda pela sua destituição sublinha a tensão entre os Estados Unidos e as vozes críticas nas Nações Unidas em relação à guerra em Gaza e ao tratamento dos palestinianos.

Albanese, que detém o seu mandato pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU, é reconhecida por ser uma das críticas mais fervorosas às ações de Israel e ao plano de Donald Trump relativo ao enclave palestiniano.

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