Incêndio em Heathrow: Falha Técnica Previsível Resultou em Fecho Prolongado

Um relatório recentemente publicado revelou que o incêndio ocorrido numa subestação elétrica que levou ao encerramento do aeroporto de Heathrow, em Londres, durante cerca de 18 horas, foi originado por uma falha técnica que já tinha sido identificada quase sete anos antes. Este incidente resultou no cancelamento de mais de 1.300 voos, afetando mais de 200.000 passageiros.

A investigação inicial, que foi conduzida pela polícia antiterrorista, aconteceu num contexto de crescente alerta na Europa relativamente a possíveis sabotagens provenientes da Rússia. No entanto, o vandalismo foi rapidamente afastado como causa do incêndio.

O governo britânico ordenou um inquérito para examinar as lições a serem extraídas sobre a resiliência energética de infraestruturas críticas no país. O relatório da Operadora Nacional do Sistema Energético indicou que, em julho de 2018, foram encontradas "leitura elevada de humidade" em amostras de óleo na subestação afetada, mas não foram tomadas medidas corretivas, como a substituição de isoladores elétricos, conhecidos como buchas.

A causa do incêndio, que ocorreu no dia 20 de março, foi atribuída a uma "falha catastrófica" num dos transformadores, possivelmente provocada pela humidade na bucha, levando a um curto-circuito que incendiou o óleo. O secretário de Energia britânico, Ed Miliband, expressou preocupação com estas conclusões, enquanto o regulador energético, Ofgem, abriu uma investigação sobre se a National Grid Electricity Transmission violou as condições da sua licença.