Enrique Tarrio encontra-se com Trump após perdão presidencial

Enrique Tarrio, ex-líder da milícia extremista Proud Boys, confirmou, esta segunda-feira, que se reuniu no último fim de semana com Donald Trump em Mar-a-Lago, na Florida. Este encontro surge após o perdão presidencial concedido por Trump, que o livrou de uma das mais graves condenações relacionadas com o ataque ao Capitólio em 2021.

Na rede social X, Tarrio expressou a sua alegria, descrevendo o momento como um dos mais inesperados da sua vida: "Ontem, tive a honra de conhecer o Presidente dos Estados Unidos, um momento que nunca poderia ter imaginado nos meus dias mais negros."

Durante a sua visita ao clube privado, Tarrio relatou ter tido uma "grande conversa" com Trump, que o convidou, a ele e à sua mãe, para um jantar. Um porta-voz da Casa Branca, citado pela AP, confirmou o encontro, esclarecendo que não foi agendado, tendo ocorrido enquanto Tarrio estava a jantar com um membro do clube que o apresentou ao ex-presidente.

Embora a interação entre Tarrio e Trump tenha sido breve, é importante notar que Tarrio estava a cumprir uma pena de 22 anos de prisão por conspiração sediciosa, a condenação mais longa associada ao ataque ao Capitólio. Ele foi libertado em janeiro, logo após o regresso de Trump à presidência.

Embora Tarrio não estivesse presente em Washington D.C. durante a invasão do Capitólio, os promotores alegaram que ele organizou o ataque à distância, demonstrando a sua liderança sobre o grupo extremista de direita.

No seu primeiro dia ao reinscrever-se como presidente, Trump perdoou cerca de 1.500 pessoas ligadas ao cerco ao Capitólio, que ocorria no momento da certificação da vitória eleitoral de Joe Biden. Além disso, Trump insinuou que os membros das milícias Proud Boys e Oath Keepers, cujos líderes foram condenados, poderiam considerar entrar na política dos Estados Unidos.

Antes do incidente no Capitólio, os Proud Boys eram frequentemente reconhecidos pelas suas confrontações com ativistas antifascistas. Notavelmente, durante o seu primeiro debate presidencial de 2020 contra Biden, Trump pediu ao grupo para "recuar e ficar em prontidão".