Enfermeiros da ULS Algarve iniciam paralisação reivindicativa

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve enfrenta uma greve iniciada hoje pelos seus enfermeiros, que reivindicam o pagamento de retroativos desde 2018, bem como compensações por feriados e dias de descanso semanal. Este movimento, organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), teve início às 08h00 e está agendado para durar até à meia-noite, incluindo ainda uma extensão no período de 8 a 9 de março.

A administração da ULS, que abrange os hospitais de Faro, Portimão e Lagos e os Agrupamentos de Centros de Saúde Central, Barlavento e Sotavento, criticou a convocação da greve, alegando que o SEP não tem sido transparente e que o diálogo entre as partes continua a existir. Em resposta às reivindicações dos enfermeiros, o sindicato exige, entre outras coisas, que todos os enfermeiros recebam uma avaliação de desempenho com a classificação de "bom" e que os dias trabalhados durante feriados sejam pagos a 200%.

A administração da ULS do Algarve comentou que a sua equipa tem mantido conversações regulares e que consideram as alegações do sindicato como infundadas. A direção da ULS esclareceu também que a solicitação de retroativos desde 2018 contraria a legislação atual, que apenas permite pagamentos com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2022. Para este ano, os valores pendentes deverão ser processados em maio.

A administração reafirmou que não existe um Acordo Coletivo de Trabalho que permita o pagamento a 200% para os dias trabalhados em feriados ou em semanas de descanso, enfatizando que o SEP está ciente da ilegalidade dessa reivindicação. A ULS considera que a convocação da greve é prematura, uma vez que ocorrerá logo após feriados e fins de semana seguidos.