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Emissoras públicas dos EUA brigam contra redução de financiamento

há 15 horas

A NPR e a PBS criticam firme decisão da administração Trump de cortar fundos, afirmando que a medida compromete o serviço público e a informação no país.

Emissoras públicas dos EUA brigam contra redução de financiamento

A liderança da National Public Radio (NPR) e da Public Broadcasting Service (PBS) manifestou hoje a sua intenção de contestar a recente decisão da administração de Donald Trump que determina um corte de financiamento, considerando-a ilegal. Paula Kerger, presidente da PBS, argumentou que a ordem do Presidente republicano "compromete a capacidade da televisão pública de servir o público americano com programação educativa, tal como tem feito nos últimos 50 anos".

"Estamos a analisar todas as opções disponíveis para assegurar que a PBS continua a apoiar as nossas estações parceiras e a totalidade dos cidadãos americanos", afirmou Kerger, conforme citado pela Associated Press.

Katherine Maher, presidente da NPR, também manifestou a sua intenção de contestar a medida. "Defenderemos com firmeza o nosso direito de oferecer notícias essenciais e serviços que salvam vidas ao público americano", destacou. "Iremos utilizar todos os recursos à nossa disposição para desafiar esta ordem executiva", sublinhou.

Dados mais recentes revelam que mais de 40 milhões de norte-americanos ouvem a rádio pública (NPR) semanalmente, enquanto 36 milhões sintonizam a televisão pública (PBS) mensalmente.

Na quinta-feira à noite, Trump assinou uma ordem executiva que visa eliminar os subsídios públicos para a NPR e a PBS, acusando estas emissores de parcialidade nas suas reportagens. A ordem do Presidente instrui a Corporação para a Radiodifusão Pública (CPB) e outras agências federais a interromperem o financiamento federal a estas estações.

Além disso, o decreto exige que o departamento responsável pela radiodifusão pública trabalhe para reduzir as fontes indirectas de financiamento dessas emissoras.

A Presidência, em comunicado nas redes sociais, alegou que os media públicos recebem milhões de dólares de impostos dos cidadãos para disseminar "propaganda radical disfarçada de notícias". Em março, Kathleen Maher estimou que a rádio pública poderia receber apenas 120 milhões de dólares em 2025, representando menos de 5% do orçamento necessário.

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