Mundo

Rússia solicita à OPEP+ que mantenha acordos de produção de petróleo

há 12 horas

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, exorta a OPEP+ a respeitar as reduções acordadas, enquanto prevê uma diminuição na procura de petróleo devido à desaceleração económica global.

Rússia solicita à OPEP+ que mantenha acordos de produção de petróleo

Hoje, Alexander Novak, o vice-primeiro-ministro russo encarregado da Energia, fez um apelo aos países membros da OPEP+, uma aliança que inclui a Rússia e a Arábia Saudita, para que honrem as restrições de produção previamente acordadas. Durante uma entrevista à televisão estatal russa, Novak enfatizou a importância de todos os países contribuírem para o equilibrio entre a oferta e a procura de petróleo bruto.

“É crucial respeitar os níveis de produção definidos e garantir que o plano de compensações para as reduções não cumpridas seja mantido”, declarou Novak.

O vice-primeiro-ministro também alertou que a prevista desaceleração do crescimento económico a nível global terá um impacto negativo na procura de petróleo: “Estamos a enfrentar conflitos comerciais entre nações e uma redução do crescimento económico. As previsões de diversos analistas indicam que este ano, o crescimento será inferior ao esperado, o que afetará a procura de petróleo”, sublinhou.

A OPEP+ decidiu aumentar a oferta de petróleo em 411.000 barris por dia a partir de junho, após um aumento semelhante já implementado este mês. Este incremento, que obteve apoio de oito dos 22 países membros, foi formalizado numa reunião virtual, segundo a analista Amena Bakr da consultoria Kpler.

Em abril, a OPEP+ já tinha decidido aumentar a produção em mesma magnitude em maio, acelerando assim o plano previamente estabelecido. Contudo, a semana passada viu os preços do petróleo bruto descerem significativamente devido à expectativa de aumento da oferta e receios de que a guerra tarifária possa dificultar o crescimento económico e afetar a procura.

A guerra comercial iniciada por Donald Trump, com a implementação de taxas alfandegárias e a subsequente incerteza sobre as suas consequências para a economia global, particularmente no que toca à procura de petróleo, tem influenciado consideravelmente os preços do ‘ouro negro’. No início de abril, antes do anúncio das tarifas, o preço do petróleo Brent estava a 74,95 dólares, mas um mês depois, caiu 18,23%, correspondendo a uma desvalorização de 13,66 dólares.

Tags:
#OPEP+ #Petróleo #EconomiaGlobal