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Dormir mais cedo pode ser a chave para uma vida mais ativa

Um novo estudo revela que ajustar a hora de deitar pode impulsionar a prática de exercício físico no dia seguinte, sugerindo uma relação entre sono e atividade.

01/07/2025 22:40
Dormir mais cedo pode ser a chave para uma vida mais ativa

Se o seu objetivo é aumentar a prática de exercício físico, considere a hipótese de deitar mais cedo. Um estudo recente, conduzido por investigadores da Universidade Monash, na Austrália, sugere que existe uma ligação significativa entre os horários de sono e a quantidade de atividade física realizada no dia seguinte.

Embora a pesquisa não prove de forma conclusiva que ir para a cama mais cedo garante mais tempo de exercício, os dados recolhidos, que incluem informações de dispositivos vestíveis de 19.963 participantes ao longo de um ano, revelam um padrão promissor. Foram analisados quase seis milhões de registos de atividade, fornecendo uma base sólida para as conclusões.

O psicólogo Josh Leota, da Universidade Monash, salientou a importância destas descobertas para a saúde pública. "Em vez de promover o sono e a atividade física como entidades separadas, as campanhas de saúde poderiam fomentar a ideia de deitar mais cedo para estimular um estilo de vida mais ativo", comentou.

Os resultados indicam que aqueles que se deitaram às 21h00, em média, conseguiram 30 minutos mais de exercício em comparação com aqueles que se deitaram às 01h00, e 15 minutos a mais do que os que escolhem dormir às 23h00. Além disso, a quantidade de sono também desempenhou um papel crucial, mostrando que quem dormia cerca de cinco horas praticava 41,5 minutos a mais de atividade do que quem dormia, em média, nove horas, embora a privação de sono pudesse atenuar os benefícios do exercício.

Outro dado interessante é que quem se deitava mais cedo mas mantinha a sua rotina habitual de sono tendia a atingir novos recordes pessoais de atividade física no dia seguinte. Os investigadores sugerem que o adiar do sono pode estar relacionado a estilos de vida mais ocupados, resultando numa menor probabilidade de acordar mais tarde.

"As rotinas convencionais de trabalho, das 09h00 às 17h00, podem colidir com as preferências naturais de sono, criando um sentimento de jetlag social, deteriorando a qualidade do sono e aumentando a sonolência diurna, o que pode, por sua vez, reduzir a motivação para o exercício", acrescentou Leota.

O estudo também controlou variáveis como idade, índice de massa corporal, e o dia da semana. Além disso, os investigadores encontraram uma correlação semelhante, mas menos intensa, em um segundo conjunto de dados que incluía 5.898 participantes, sustentando as conclusões iniciais.

Embora os resultados sejam encorajadores, é importante lembrar que a pesquisa é baseada numa correlação e que outras variáveis, como o perfil naturalmente noturno de algumas pessoas, podem influenciar tanto o sono tardio como a redução da atividade física. Mais investigação será necessária para esclarecer estas relações e entender completamente a interação entre sono e exercício.

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