A Coreia do Norte anuncia o envio de unidades militares para a Rússia, numa ação inédita de apoio nas operações de libertação de Kursk, em conformidade com o tratado de parceria assinado em junho de 2024.
Pyongyang declarou que unidades das suas forças armadas foram enviadas para a Rússia com o objetivo de contribuir para a libertação de Kursk, atualmente ocupada por unidades ucranianas. A iniciativa foi comunicada pela agência estatal KCNA, que afirmou ter sido implementada após ordem direta do líder Kim Jong-un.
Em discurso oficial, Kim Jong-un classificou a intervenção como uma “missão sagrada”, reforçando os laços de amizade com Moscovo e defendendo a honra nacional. Segundo o líder, o feito será celebrado com a construção de um monumento em Pyongyang, em homenagem aos combatentes e aos que perderam a vida na batalha.
O esforço militar contou, segundo fontes ocidentais, com o envio de mais de 10 mil soldados para o conflito, iniciando a sua presença em outubro. No último sábado, o Chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, confirmou a presença destes combatentes na linha de frente e elogiou o profissionalismo e a coragem dos soldados na recaptura total da zona russa de Kursk, anteriormente parcialmente em território ucraniano.
Durante uma videoconferência com o Presidente russo Vladimir Putin, Gerasimov destacou que a última área sob controlo ucraniano, a aldeia de Gornal, tinha sido libertada. Putin referiu que “a aventura do regime de Kiev falhou completamente”.
Em resposta, o Estado-Maior ucraniano desmentiu as alegações, classificando-as como manobras de propaganda. Apesar das dificuldades na região fronteiriça, as tropas ucranianas afirmaram que continuam as operações defensivas e ativas em Kursk e na região de Belgorod, conforme declarou o Presidente Volodymyr Zelensky.