Conflitos e prisões nas celebrações do Dia do Trabalhador em França

As celebrações do Dia Internacional do Trabalhador em França, que se desenrolaram através de mais de 250 manifestações, mobilizaram cerca de 157.000 pessoas, conforme reportado pelo Ministério do Interior. Paris destacou-se como o epicentro das atividades, reunindo 32.000 manifestantes e sendo monitorizada por mais de 2.000 agentes de segurança, devido a preocupações com potenciais distúrbios, especialmente associados a grupos extremistas.

A polícia informou que, ao longo do dia, foram registadas 72 detenções, com 28 indivíduos detidos sob custódia em todo o país. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, mencionou a presença de cerca de 200 elementos do grupo radical 'black bloc' em Paris, resultando na detenção de aproximadamente 50 pessoas durante a marcha.

No início dos protestos, as forças de segurança realizaram revistas a todos os participantes, tendo detido oito indivíduos antes da manifestação por posse de armas proibidas ou por intentos violentos. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) estimou que cerca de 300.000 pessoas tiverem uma participação significativa, com reivindicações focadas na revogação da reforma das pensões e no aumento dos salários.

A principal marcha em Paris decorreu entre a Place d'Italie e a Place de la Nation, iniciando-se às 14:00 locais. Durante a marcha, ocorreram confrontos, especialmente contra simpatizantes do Partido Socialista, resultando em ferimentos ligeiros em quatro pessoas. O deputado socialista Jérôme Guedj teve de ser escoltado, após ser confrontado por membros dos 'Black Blocs', incidentes que alguns dirigentes consideraram de natureza antissemita.

Além da capital, Nantes também registou distúrbios, com pelo menos 15 detenções reportadas devido à vandalização das instalações da câmara municipal e ao ataque às forças policiais com projéteis.