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Europa prepara nova ofensiva sancionatória contra a Rússia

há 10 horas

O governo francês avançou que a UE está a articular novo pacote de sanções à Rússia, em parceria com os EUA, face à recusa de Moscovo em aceitar um cessar-fogo na Ucrânia.

Europa prepara nova ofensiva sancionatória contra a Rússia

Em declarações à agência de notícias francesa AFP, o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Noël Barrot, anunciou que a União Europeia está a preparar um 17º pacote de sanções direcionadas à Rússia. Esta medida surge numa tentativa de alinhar esforços com os Estados Unidos, particularmente se Moscovo continuar a rejeitar propostas de cessar-fogo na Ucrânia.

Barrot revelou que recentemente teve conversas com o senador republicano Lindsey Graham, um dos proponentes de uma proposta no Congresso dos EUA que estabelece tarifas de 500% sobre produtos de países que continuem a comprar petróleo, gás e urânio à Rússia. O objetivo é pressionar Moscovo até que se chegue a um acordo de paz.

"Nós, europeus, vamos apoiar esta iniciativa americana com novos pacotes de sanções, e comprometi-me a coordenar estes esforços, tanto na substância como no calendário", explicou o chefe da diplomacia francesa.

Jean-Noël Barrot não poupou críticas ao presidente russo, Vladimir Putin, indicando que ele é o "principal impedimento à paz na Ucrânia". Estas afirmações surgem após o recente acordo assinado entre Washington e Kyiv para a exploração de recursos minerais na Ucrânia.

O ministro francês enfatizou que a Ucrânia já fez a sua parte ao aceitar um cessar-fogo incondicional e ao fechar um acordo sobre minerais críticos com os Estados Unidos, enquanto Putin não demonstrou qualquer vontade de avançar nesse sentido.

Barrot deixou em aberto a possibilidade de que a França, que possui vasta experiência na área de terras raras, possa estabelecer um acordo económico com a Ucrânia no futuro.

Desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido apoio financeiro e militar dos seus aliados ocidentais, que também têm imposto sanções severas a sectores cruciais da economia russa, com o intuito de limitar a capacidade de Moscovo de sustentar o seu esforço bélico.

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