Na Roménia, os principais candidatos às presidenciais votaram na polêmica repetição das eleições, num clima de tensão política após a anulação da votação anterior devido a alegações de interferência russa.
Os principais candidatos às presidenciais romenas participaram nesta manhã na controversa repetição das eleições, que se realiza num contexto político tenso após a anulação da votação de novembro, supostamente devido a interferência russa.
O primeiro a exercer o seu direito de voto foi George Simion, o candidato mais bem posicionado nas sondagens. Simion, que foi à mesa de voto acompanhado por Calin Georgescu, o candidato que venceu a eleição anulada, expressou a sua esperança de "justiça para a Roménia". "Estamos aqui com um único propósito: restaurar a ordem constitucional e a democracia", comentou o populista, que deverá somar cerca de um terço dos votos nesta nova corrida. Ele revelou ainda ter votado "em nome de Calin Georgescu".
Georgescu também partilhou a sua opinião, classificando a anulação das eleições de novembro como uma "fraude bem orquestrada" e denunciando os responsáveis por terem feito da burla a "única política de Estado". "Estou aqui para defender a democracia e o voto que assusta o sistema", afirmou.
O atual presidente da Câmara de Bucareste e candidato independente, Nicusor Dan, manifestou a sua intenção de representar "as pessoas calmas e trabalhadoras que até agora não tiveram voz". Após votar, Crin Antonescu, cujo apoio vem da coligação governamental, expressou satisfação pela alta participação nas urnas, considerando-o fundamental para a legitimidade do processo. "Votei por uma Roménia unida, forte e digna", disse.
O Presidente interino, Ilie Bolojan, também depositou o seu voto, enfatizando que esta eleição é fundamental para restaurar a alma da nação e referindo que "chegou o tempo da calma".
Com cerca de 19 milhões de eleitores, a Roménia, que é membro da União Europeia e da NATO, está a eleger um novo Presidente, responsável pela condução da política externa e de segurança do país. As assembleias de voto vão estar abertas até às 21h00 (hora local), momento em que se aguardam as primeiras projeções.
A União Europeia e outros aliados ocidentais estão com atenção redobrada sobre estas eleições, uma vez que é possível a ascensão de um populista eurocético que se opõe à ajuda ocidental à Ucrânia face à invasão russa.