O palestiniano Fahmi Said Najm, de 60 anos, faleceu no Hospital Soroka. A Comissão para Assuntos de Detidos denuncia a falta de cuidados médicos enquanto esteve detido.
Fahmi Said Najm, um prisioneiro palestiniano de 60 anos, faleceu no Hospital Soroka, em Israel, conforme anunciado pela Comissão para Assuntos de Detidos do Governo palestiniano. A entidade denunciou que Najm foi "completamente privado de tratamento" durante o seu encarceramento.
Natural de Jenin, na Cisjordânia, Najm era casado e pai de seis filhos. Com um historial de 19 anos de prisão, dos quais 17 foram consecutivos devido à sua ligação às Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, a organização expressou em comunicado que "ele completou a jornada jihadista: ferido, depois prisioneiro, depois mártir".
Desde outubro de 2023, com o início de uma nova ofensiva israelita em Gaza, 66 prisioneiros palestinianos faleceram em prisões israelitas, com pelo menos 40 das vítimas sendo detidas em Gaza. Desde 1967, contabilizam-se 303 prisioneiros palestinianos mortos em cárceres israelitas, segundo dados do Clube de Prisioneiros Palestinianos, entidade que luta pelos direitos dos detidos.
Advogados de Najm visitaram-no na prisão de Negev em março e relataram uma grave deterioração do seu estado de saúde. Além disso, Najm esteve sob prisão administrativa durante cerca de dois anos, um mecanismo que permite a Israel manter palestinianos presos sem acusação, por períodos que podem ser indefinidamente renovados.