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Acordo entre EUA e Ucrânia visa reconstrução, mas não assegura apoio militar

há 23 horas

O novo acordo entre os EUA e a Ucrânia para um fundo de reconstrução não garante assistência militar futura, conforme revelado por fontes da imprensa norte-americana.

Acordo entre EUA e Ucrânia visa reconstrução, mas não assegura apoio militar

Na quarta-feira, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a formalização de um acordo com a Ucrânia para criar um "fundo de investimento para a reconstrução" do país. Este entendimento surge após prolongadas negociações sobre a exploração dos recursos naturais ucranianos.

No entanto, conforme reportou o New York Times, o texto final do acordo não inclui quaisquer garantias explícitas para futura assistência militar ou de segurança por parte dos EUA para a Ucrânia. Uma fonte próxima ao processo mencionou que a exigência de Kyiv nessa matéria foi rapidamente descartada pelas autoridades americanas.

No seu comunicado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, enfatizou que "nenhum Estado ou indivíduo que tenha contribuído para a máquina de guerra russa poderá beneficiar da reconstrução da Ucrânia".

Além disso, Bessent informou que os Estados Unidos estão prontos para avançar com o acordado sobre minerais, destacando que os ucranianos "decidiram fazer algumas alterações de última hora na terça-feira", embora assegurou que o conteúdo original do acordo manteve-se inalterado.

Em um vídeo na rede social X, Bessent frisou que "esta colaboração possibilitará aos Estados Unidos investir com a Ucrânia, permitindo explorar os ativos de crescimento do país e acelerar a sua recuperação económica".

A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, confirmou à agência Associated Press que o acordo foi assinado em Washington. Com isso, os EUA pretendem acessar mais de 20 matérias-primas cruciais, tais como titânio e urânio, que são vitais para diversas indústrias estratégicas.

Vale lembrar que uma versão anterior do acordo estava prevista para ser assinada durante a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca no final de fevereiro. Contudo, um incidente sem precedentes envolvendo o então presidente Trump resultou na não assinatura.

A invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro de 2022, foi justificada por Moscovo com a necessidade de proteger minorias pró-russas no leste do país e realizar a "desnazificação" da Ucrânia, que desde 1991 se afirma como um estado independente.

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