Pedro Nuno Santos valoriza a festa nacional e defende o foco nas milhares de famílias que celebraram a liberdade, enquanto acusa a extrema-direita de semear desordem e instigar confrontos.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista, sublinhou que o 51.º aniversário do 25 de Abril foi um dia de verdadeira festa, com milhares de portugueses a saírem às ruas para celebrar a liberdade, a democracia e as conquistas históricas do país. Segundo ele, a atenção deve concentrar-se na multidão de famílias que viveram a alegria de um país que ancora a esperança no legado revolucionário.
Em declarações em Lisboa, o dirigente criticou as atitudes da extrema-direita, afirmando que “falem da ordem, mas são os primeiros responsáveis pela desordem”. Para ele, é fundamental separar os verdadeiros momentos de festa das imagens que, segundo argumenta, distorcem a realidade ao partilhar o evento em duas partes: um desfile com poucos manifestantes e milhares de celebrações populares na Avenida da Liberdade.
Na altura dos confrontos originados por uma concentração não autorizada no Largo de São Domingos, no coração de Lisboa, a Polícia de Segurança Pública confirmou a detenção de três pessoas, entre elas Rui Fonseca e Castro e Mário Machado, líder do movimento de extrema-direita. Confrontos com manifestantes antifascistas resultaram em ferimentos ligeiros a dois polícias, que necessitaram de cuidados hospitalares.
Respondendo às perguntas dos jornalistas, Santos destacou ainda que os partidos que se dirigiram à Avenida da Liberdade não têm qualquer ligação com ideologias extremistas, sublinhando a postura firme do PS na defesa dos valores democráticos. “A história do PS é de constante combate a quem se opõe à democracia”, defendeu, reafirmando que o 25 de Abril permanece um dos dias mais bonitos da História portuguesa.