O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou satisfação com um acordo "justo" com os EUA que promete impulsionar investimentos no setor mineral do país.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou hoje a sua satisfação com o que descreve como um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos, focado na exploração dos recursos minerais da Ucrânia, após meses de intensas negociações.
“O pacto evoluiu consideravelmente durante as discussões. Agora, temos um acordo que abre portas a investimentos substanciais na Ucrânia,” afirmou Zelensky, sublinhando que o documento não contempla a dívida inicial que a Ucrânia tinha para com os Estados Unidos, um ponto que o Presidente norte-americano Donald Trump originalmente pretendia incluir. O objetivo do novo acordo é estabelecer um fundo dedicado “a investir na Ucrânia e a gerar lucros aqui”, comentou.
Este entendimento entre Washington e Kyiv refere-se à extração de minerais, petróleo e gás na Ucrânia, permitindo às empresas norte-americanas o acesso a esses recursos.
Além disso, o acordo contempla a criação de um “fundo de investimento para a reconstrução” da Ucrânia, embora não inclua garantias explícitas de assistência militar futura por parte dos Estados Unidos.
De acordo com a agência noticiosa AP, os EUA estão interessados em mais de 20 matérias-primas da Ucrânia que são consideradas essenciais para os seus interesses estratégicos, entre as quais se destacam o titânio, utilizado na indústria aeroespacial, e o urânio, que é fundamental para a energia nuclear, equipamentos médicos e armamento.
Uma versão anterior deste acordo estava prevista para ser assinada durante a visita de Zelensky à Casa Branca no final de fevereiro, mas uma disputa sem precedentes com Trump, em direto na Sala Oval, levou à saída abrupta do líder ucraniano sem a formalização do documento.
Paralelamente, continuam as negociações diplomáticas para buscar uma solução para o conflito na Ucrânia, que se alastra desde a invasão russa há mais de três anos.
Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, Washington tem fornecido assistência militar ao país, totalizando dezenas de milhares de milhões de dólares durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025).