Boris Pistorius critica a proposta de paz de Trump, afirmando que ceder extensas áreas ocupadas não é o caminho para um cessar-fogo duradouro.
Boris Pistorius afirmou, numa entrevista à ARD, que a Ucrânia já se encontrava ciente há algum tempo de que um cessar-fogo ou um acordo de paz duradouro poderia implicar concessões territoriais. Contudo, o ministro sublinhou que os termos atuais, apresentados pelo ex-presidente norte-americano, são demasiado ambiciosos.
O dirigente alemão advertiu que, embora a ideia de ceder parte dos territórios ocupados pela Rússia não seja inédita, a proposta que sugere estabelecer a linha de frente inalterada e reconhecer oficialmente a Crimeia, resulta numa oferta que ultrapassa o aceitável para Kyiv.
No encontro realizado em Roma, à margem do funeral do Papa Francisco, entre Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os sinais no terreno demonstraram uma oscilação entre atitudes amistosas e hostis, evidenciando a complexidade deste difícil cenário. Pistorius concluiu que as ações, no final, confirmarão qual é o caminho mais seguro para a paz.