"Sócrates assegura presença em tribunal, mas dúvida sobre julgamento persiste"

O ex-primeiro-ministro José Sócrates afirmou hoje, em conferência de imprensa em Bruxelas, que estará presente no tribunal caso o julgamento da Operação Marquês tenha início esta quinta-feira. Contudo, adiantou que "pode ser que não haja" julgamento.

Sócrates defendeu que o seu interesse em avançar com uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos se deve a uma "violação do Estado de direito". Para ele, o caso que se arrasta há 14 anos é um "julgamento por lapso de escrita" e não contém "pronúncia, nem acusação".

"Eles não querem aceitar um recurso, mas eventualmente terão de aceitar. Isto é uma ação que vai contra o Estado de direito", frisou o ex-primeiro-ministro.

Adicionalmente, Sócrates declarou que "todos os juízes do processo Marquês estão em exclusividade", referindo-se à escolha do juiz Carlos Alexandre como uma "falsificação". "A influência do Conselho Superior de Magistratura é evidente em todo o processo Marquês", acrescentou.