Saúde em Estado de Alerta: Ventura Desafia Governo e Luís Montenegro

André Ventura acusou hoje o primeiro-ministro de tratar o setor da saúde como se estivesse num período de ótima estabilidade, apesar de sete serviços de urgência estarem fechados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Durante uma arruada em Sesimbra, no distrito de Setúbal, o líder do Chega questionou a perceção do primeiro-ministro, afirmando que “o primeiro-ministro acha que está tudo bem, que pode falar da saúde num bom momento”. Segundo Ventura, diversas unidades de urgência continuam fechadas num cenário que penaliza os utentes, sobretudo com casos de doentes oncológicos ultrapassando os tempos máximos de espera para uma primeira consulta.

Ventura desafiou ainda a credibilidade do ministro da Saúde, Luís Montenegro, perguntando se este se havia deslocado a um dos serviços com as portas fechadas para constatar a situação em primeira mão. Com veemência, o dirigente afirmou que “se há coisa que não está bem em Portugal, nem melhor é a saúde”, e instou o governo a agir, colocando a mão na consciência para resolver problemas históricos.

O líder do Chega criticou as propostas do PCP e do Bloco de Esquerda para a resolução da crise, lembrando que, durante a gestão anterior influenciada por estes partidos, o país viu aumentar em mais de 50% os tempos de espera e ficar com mais de um milhão de utentes sem médico de família. Segundo Ventura, substituir um governo ineficiente por outro igualmente incapaz não é a solução, defendendo que só com um governo do Chega é que os problemas do setor poderão ser efetivamente resolvidos.