Forças russas lançaram drones em várias zonas ucranianas, resultando em vítimas e agravando um conflito que se arrasta há mais de três anos.
Autoridades ucranianas relataram que, nesta última noite, drones russos atingiram diversas áreas do país. Em Pavlohrad, na região de Dnipropetrovsk, um ataque deixou uma vítima fatal e feriu uma rapariga de 14 anos, marcando a terceira consecutiva noite de ofensivas na área.
Numa virada impressionante dos acontecimentos, o controlo de partes da região de Kursk foi declarado retomado pela Rússia, apesar dos combates ainda se prolongarem na zona, onde forças ucranianas iniciaram uma incursão surpresa em agosto passado.
Num contexto político delicado, o ex-presidente Trump manifestou ceticismo quanto à intenção do líder russo, Putin, de pôr fim a uma guerra de mais de três anos. Durante o retorno dos Estados Unidos após assistir ao funeral do Papa Francisco, onde se encontrou com o presidente ucraniano Zelensky, Trump criticou os recentes ataques contra civis e sugeriu a possibilidade de novas sanções contra Moscovo.
Os dados da força aérea ucraniana revelaram o lançamento de 149 drones explosivos, dos quais 57 foram interceptados e 67 neutralizados. Outras regiões também sofreram os efeitos dos ataques: em Odesa e Zhytomyr, uma vítima ficou ferida em cada local, enquanto em Kherson quatro pessoas foram lesionadas num ataque aéreo russo.
Em declaração, o Ministério da Defesa russo afirmou que as defesas aéreas abateram cinco drones ucranianos na região fronteiriça de Bryansk e mais três sobre a Crimeia, território anexado ilegalmente em 2014. Paralelamente, em Horlivka, na região parcialmente ocupada de Donetsk, um bombardeamento ucraniano feriu cinco civis, segundo informou o presidente da câmara local, Ivan Prikhodko.
Estes episódios sublinham a escalada da violência e a complexidade do conflito, que continua a desafiar iniciativas de paz e intensifica as tensões tanto na região como a nível internacional.