Moradores e comerciantes de Chelas lançam abaixo-assinado para impor regras que limitem a concentração e os impactos dos estafetas nas áreas residenciais e comerciais.
Os residentes e trabalhadores próximos da estação de metro de Chelas uniram-se num abaixo-assinado que exige medidas urgentes à Câmara Municipal de Lisboa, à Junta de Freguesia de Marvila, à esquadra da PSP local e à Polícia Municipal. Segundo os subscritores, a constante aglomeração de estafetas das plataformas de entrega, que se reúnem nas imediações da Avenida Doutor Augusto de Castro e da Rua Engenheiro Rodrigues de Carvalho, tem causado transtornos significativos à comunidade.
Entre os pedidos estão a criação de um regulamento específico para a ocupação do espaço público, que proíba a concentração destes trabalhadores em áreas residenciais e comerciais, e a definição de horários restritos para estas atividades. Os signatários pedem igualmente a implementação de zonas de espera designadas e localizadas longe dessas áreas, o reforço da fiscalização acerca do estacionamento e da circulação, bem como medidas para reduzir o ruído noturno.
Outros pontos salientados na petição incluem a necessidade de disponibilizar instalações sanitárias adequadas aos estafetas e de combater os problemas de segurança relacionados com a circulação de motociclos e bicicletas, muitas vezes em alta velocidade, que assumem riscos na via pública. Os comerciantes locais também reivindicam uma reação face às perdas de receitas associadas não só à concentração dos distribuidores, mas também ao uso indevido dos espaços, como as casas de banho dos estabelecimentos comerciais.