Protesto em Torre Pacheco. Jornalistas alvo de agressões por extremistas de direita
Durante uma manifestação em Torre Pacheco, cerca de cem extremistas de direita atacaram e ofenderam jornalistas. A situação exigiu a intervenção das forças de segurança.

Na noite de terça-feira, em Torre Pacheco, na região de Múrcia, uma manifestação marcada por tensões sociais transformou-se num cenário de hostilidade, com cerca de 100 elementos da extrema-direita a perseguirem e a insultarem várias jornalistas presentes.
A repórter Esther Yáñez, da televisão TVE, foi alvo de ofensas particularmente graves e necessitou de escolta por parte da Guarda Civil para garantir a sua segurança. A manifestação tinha como objetivo protestar contra a agressão a um residente local, supostamente perpetrada por três jovens do Magrebe.
As autoridades foram forçadas a intervir ao aconselhar Yáñez a interromper as suas reportagens, tendo em conta que poderia incitar ainda mais o clima de hostilidade da multidão. Outros jornalistas tomaram precauções, removendo as esponjas dos seus microfones para não serem identificados, receando retaliações.
A presença policial foi reforçada, com mais de 100 agentes de grupos especiais mobilizados, na expectativa de novos tumultos, já que os distúrbios na cidade vinham a aumentar nos últimos dias, resultando na detenção de 13 pessoas até então.
A tensão em Torre Pacheco aumentou após a agressão a um homem de 68 anos, que relatou ter sido atacado sem motivo aparente por jovens na última quinta-feira. As autoridades indicaram que três dos detidos estão ligados a este incidente, enquanto os restantes enfrentam acusações de crimes de ódio e desordem pública.