Quarto caso de mpox em Moçambique: 20 suspeitas em investigação

As autoridades sanitárias de Moçambique anunciaram a confirmação de um quarto caso de mpox nas últimas 24 horas, consolidando o total de infecções na província de Niassa, situada no norte do país. Além dos casos confirmados, existem 20 pessoas sob investigação devido a sintomas suspeitos.

No último boletim epidemiológico, elaborado pela Direção Nacional de Saúde Pública, foram incluídos cinco novos casos suspeitos nos distritos de Lago, em Niassa, e também na província de Tete, que ainda aguardam resultados laboratoriais. Até agora, não se registaram óbitos relacionados com esta infecção em Moçambique.

O governo moçambicano indicou que os casos identificados estão relacionados com uma origem no Maláui, que já contabiliza cerca de cinquenta pessoas afetadas pelo surto. O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, afirmou que se trata de cidadãos que já tinham viajado entre os dois países.

O Governo está a adotar medidas rigorosas de contenção, com todos os pacientes a serem colocados em quarentena e a serem monitorizados de perto. Impissa mencionou que, no distrito de Lago, a situação está a ser mantida sob controlo para evitar a propagação da doença.

Os pacientes confirmados apresentam condições estáveis e encontram-se em isolamento domiciliar, sendo acompanhados pelas autoridades de saúde. Segundo informações do Ministério da Saúde, este surto actual marca o retorno da doença a Moçambique, que teve os seus primeiros casos em 2022.

A mpox, uma zoonose viral que surgiu pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo, levou a Organização Mundial da Saúde a declarar emergência internacional em agosto de 2024, devido ao aumento significativo de casos e mortalidade.