País

Portugal assiste a uma redução nos nascimentos com alta percentagem de mães estrangeiras

há 4 horas

Em 2024 registaram-se 84.642 nascimentos, uma queda de 1,2% face a 2023, com um terço dos bebés sendo filhos de mães nascidas no estrangeiro, de acordo com o INE.

Portugal assiste a uma redução nos nascimentos com alta percentagem de mães estrangeiras

Segundo as últimas estatísticas vitais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal viu nascer 84.642 bebés em 2024 – uma diminuição de 1,2% em relação ao ano anterior. Notavelmente, cerca de um terço destes nados-vivos são filhos de mães de naturalidade estrangeira, percentagem que tem mais do que duplicado na última década.

Os números dos óbitos também mostraram ligeiro aumento, com 118.374 registos (0,1% a mais que em 2023). Entre estes, 252 foram de crianças com menos de um ano, elevando a taxa de mortalidade infantil de 2,5 para 3,0 óbitos por mil nados-vivos.

O INE alerta que o agravamento do saldo natural, que atingiu -33.732 em 2024 (frente a -32.596 no ano anterior), deve-se, sobretudo, à queda no número de nascimentos. No entanto, a Grande Lisboa destacou-se como a única região NUTS II a registar, pelo segundo ano consecutivo, um saldo natural positivo, com 929 nascimentos em excesso.

Entre os dados demográficos, nota-se que 66,2% dos nascimentos decorreram de mães com idades entre 20 e 34 anos, 32% de mães com 35 ou mais anos e apenas 1,8% de mães menores de 20 anos. A idade média da mãe ao ter um filho manteve-se estável em 32,1 anos e o primeiro filho nasceu, em média, aos 30,7 anos. Entre 2015 e 2024, a idade média ao nascimento registou ligeiro aumento, respetivamente 0,4 e 0,5 anos.

Outros pontos evidenciados foram a relação de masculinidade (106 meninos por cada 100 meninas) e a variação regional. Enquanto a natalidade diminuiu na maioria das regiões NUTS II, áreas como Oeste, Vale do Tejo, Grande Lisboa, Península de Setúbal e a Região Autónoma da Madeira apresentaram, no mínimo, ligeiras taxas de incremento. Por outro lado, os Açores tiveram a maior descida, com -8,4%.

No que respeita à mortalidade, quatro das nove regiões NUTS II registaram aumentos superiores à variação nacional de 0,1%, com os Açores a destacarem-se com um incremento de 3,6%, contrastando com a Madeira, que registou uma redução de 7,6%. A maioria dos óbitos (86,6%) concentrou-se na faixa etária dos 65 ou mais anos. Ainda, as regiões Centro, Oeste, Vale do Tejo e Alentejo apresentaram percentagens de óbitos de indivíduos com 80 ou mais anos superiores ao valor nacional, com a exceção dos Açores, onde esta percentagem situa-se em 46,2%.

Tags:
#Natalidade2024 #MãesEstrangeiras #INEstats