Economia

Perspetivas de Taxas de Juro Mantêm-se Estáveis, Diz Isabel Schnabel

Isabel Schnabel, do BCE, descarta a possibilidade de redução das taxas de juro, afirmando que não há indícios que justifiquem essa medida.

há 4 horas
Perspetivas de Taxas de Juro Mantêm-se Estáveis, Diz Isabel Schnabel

Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), afirmou, numa entrevista recente, que não se vislumbra qualquer indício que justifique uma nova diminuição das taxas de juro diretoras.

“Apenas consideraríamos uma nova redução se houvesse sinais de um desvio significativo da inflação em relação ao nosso objetivo a médio prazo. Neste momento, não identifico qualquer sinal nesse sentido,” declarou Schnabel, segundo informações da Econostream Media e citadas pela agência France-Presse (AFP).

De acordo com a economista alemã, o recente aumento nos preços da energia pode ser apenas um fenómeno transitório. Além disso, a pressão descendente sobre a economia, impulsionada pela força do euro em relação ao dólar, é considerada exagerada.

A resiliência da economia, mesmo num contexto de incerteza, aliada a um mercado de trabalho robusto, sustentam a ideia de que o BCE deve continuar a manter a sua política monetária estável.

As observações de Schnabel estão em linha com as expetativas do mercado, que preveem uma pausa nas descidas das taxas na próxima reunião do BCE, agendada para 24 de julho, antes do período de férias de verão.

Na reunião de 5 de junho, o BCE havia reduzido a sua taxa de referência para 2,0%, marcando a sétima redução consecutiva. Desde junho de 2024, a instituição tem revertido o ciclo de restrições que começou dois anos antes como resposta à ascensão dos preços. A taxa de depósito caiu de um pico de 4,0% para 2,0%, uma cifra que não é considerada prejudicial para a economia.

Schnabel acrescentou que actualmente, “os riscos para as perspetivas de crescimento na zona euro estão mais equilibrados”, indicando que uma nova redução de taxas pode não ser a medida mais acertada neste contexto.

Estas declarações surgem num momento em que a presidente do BCE, Christine Lagarde, considerou que a instituição se encontra “no fim de um ciclo de política monetária” que respondeu a diversos choques, tais como a pandemia de covid-19, o conflito na Ucrânia e a crise energética que pressionou os preços. Lagarde frisou ainda que o BCE está agora numa “boas condições” para lidar com incertezas, especialmente face a possíveis tarifas impostas pelos EUA.

Em termos de inflação, a taxa anual na zona euro foi de 2,0% em junho, uma ligeira subida face aos 1,9% de maio e 2,5% do mesmo mês do ano anterior, de acordo com uma estimativa prévia do Eurostat publicada no início do mês.

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