Economia

CTP celebra início da privatização da TAP, mas exige proteções para o setor do Turismo

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) saúda o avanço na privatização da TAP, sublinhando a necessidade de garantias essenciais para preservar a conectividade do país.

11/07/2025 19:45
CTP celebra início da privatização da TAP, mas exige proteções para o setor do Turismo

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifestou a sua satisfação pelo arranque da privatização da TAP, iniciado oficialmente esta quinta-feira com a aprovação de um decreto-lei que estabelece os parâmetros da operação. Numa fase inicial, o Estado planeia vender até 49,9% do capital da transportadora aérea nacional através de um processo de vendas diretas.

Ainda que a CTP defenda uma privatização total, considera este avanço como um passo significativo. "O início deste processo é uma notícia positiva para a aviação portuguesa. A TAP desempenha um papel crucial para o país e para o Turismo, e é fundamental que não opere isoladamente no mercado. Integrada em uma das principais plataformas internacionais de aviação, pode reduzir custos e oferecer tarifas mais competitivas, atraindo assim um turismo de melhor qualidade," declarou o presidente da CTP, Francisco Calheiros, em comunicado.

Calheiros enfatizou a importância de se garantir, através de um contrato, compromissos claros com o setor do Turismo e a conectividade do território nacional. "Manteremos vigilância sobre este processo. Existem exigências fundamentais das quais o país e o setor turístico não podem abrir mão," alertou.

Entre estas exigências, a CTP destaca a necessidade imperativa de proteger o 'hub' de Lisboa, assim como assegurar conexões aéreas estratégicas com as regiões autónomas e os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP). A confederação considera estas condições como "essenciais" e devem ser salvaguardadas na nova gestão da companhia.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, também reconheceu a relevância destas garantias, expressando a expectativa de que "a companhia aérea nacional mantenha o 'hub' em Lisboa e aproveite todas as infraestruturas aeroportuárias do país, incluindo o aeroporto Humberto Delgado, o futuro aeroporto Luís de Camões, bem como os aeroportos do Porto, Faro e das regiões autónomas."

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