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PCP censura Carlos Moedas por falta de ação em relação ao Aeroporto de Lisboa

O vereador João Ferreira criticou a ineficácia do Presidente da Câmara na defesa dos direitos dos lisboetas face ao aeroporto, durante uma manifestação contra os voos noturnos.

02/07/2025 23:25
PCP censura Carlos Moedas por falta de ação em relação ao Aeroporto de Lisboa

João Ferreira, vereador do PCP, manifestou a sua desaprovação em relação à postura do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, em relação à continuidade do Aeroporto Humberto Delgado. Ferreira afirmou que "o poder de exigência do presidente está reduzido quase à insignificância", destacando a sua falta de ação em prol dos interesses dos cidadãos, especialmente tarde no combate ao ruído noturno causado pela operação do aeroporto.

Durante uma manifestação que reuniu algumas dezenas de pessoas, Ferreira criticou Moedas por não utilizar a sua influência política para exigir ao Governo o cumprimento das leis que garantem o direito à tranquilidade dos lisboetas. "É lamentável que não haja uma postura mais firme da parte de Carlos Moedas", acrescentou o vereador, ao referir que a situação representa uma cedência a interesses económicos.

A manifestação, organizada pela plataforma "Aeroporto fora, Lisboa melhora", teve o apoio de vários grupos, como o Bloco de Esquerda e o Livre, que também se opõem à presença do aeroporto e aos voos noturnos. O deputado Jorge Pinto do Livre anunciou que foi apresentado um projeto na Assembleia da República para proibir os voos noturnos e acelerar a construção de um novo aeroporto fora da capital.

Os participantes expressaram descontentamento pela falta de ação das autoridades, exigindo medidas efetivas para mitigar o impacto ambiental e social do aeroporto, focando na necessidade urgente de alternativas de transporte ferroviário.

Recentemente, o Governo tinha anunciado restrições aos voos noturnos, implementadas pelo Conselho de Ministros e pela Autoridade Nacional da Aviação Civil. Contudo, os manifestantes consideram que essas medidas ainda são insuficientes para resolver o problema de forma definitiva.

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