Nuno Lopes solicita julgamento imediato em caso de agressão sexual nos EUA
O ator português Nuno Lopes pediu um julgamento sumário, alegando que as provas não sustentam as acusações de agressão sexual feitas por A.M. Lukas, ocorridas em 2006.

O ator Nuno Lopes, natural de Portugal, requisitou às autoridades americanas a realização de um julgamento sumário no contexto de um processo judicial instaurado nos Estados Unidos, onde enfrenta acusações de ter drogado e violado a argumentista A.M. Lukas em 2006.
Segundo documentos do processo revelados à Lusa, a defesa do ator apresentou esta moção em junho, argumentando que as evidências colhidas até ao momento demonstram claramente a sua inocência em relação às acusações.
O caso, que teve início em novembro de 2023 em Nova Iorque, envolve A.M. Lukas, nome artístico de Anna Martemucci Lukas, que se identifica como não-binário. Lukas alega que, durante o Festival de Tribeca, onde se conheceram, foi vítima de agressão sexual por parte de Nuno Lopes.
Em resposta a essas alegações, Lopes refutou categoricamente as suas acusações, declarando em comunicado que se considera "moral e eticamente incapaz" de cometer tais atos, tanto então, quando era estudante de representação, como atualmente. “Jamais provocaria dano a alguém, independentemente do estado em que se encontrasse,” afirmou.
A.M. Lukas descreveu, de forma angustiante, os eventos da noite em questão, afirmando que Nuno Lopes a agrediu enquanto ela alternava entre períodos de consciência e inconsciência. O processo destaca traumas que Lukas afirma ter enfrentado desde então, enfatizando a profundidade do impacto emocional das alegações.
O advogado de A.M. Lukas, Michael Willemin, classificou o pedido de Lopes como uma "tentativa desesperada" de evitar o julgamento, assinalando a gravidade das alegações. Além disso, A.M. Lukas pretende usar este caso para alertar outras vítimas sobre a expiração do prazo para denúncias no âmbito da legislação ‘The Adult Survivors Act’ de Nova Iorque.
Esta situação surge apenas dias antes do prazo estipulado para reclamar judicialmente ao abrigo da referida lei, que tem como objetivo permitir que sobreviventes de agressões sexuais apresentem queixas mesmo após anos.