Nissan projeta prejuízo bilionário e acelera reestruturação global

Nissan antecipa prejuízos expressivos para o exercício financeiro 2024-2025, estimando perdas entre 700 e 750 mil milhões de ienes – aproximadamente 4,3 a 4,6 mil milhões de euros. A companhia, que atravessa uma profunda reestruturação com despedimentos em massa e uma redução de 20% na capacidade de produção, enfrenta um cenário crítico.

Com o Renault a deter 35% do capital, a divulgação oficial dos resultados está marcada para 13 de maio. Segundo informações da empresa, os números negativos devem-se, sobretudo, aos caros custos associados ao atual plano de relançamento.

O declínio nas vendas, especialmente nos mercados americano e chinês, obrigou a Nissan a rever exaustivamente os seus ativos de produção, gerando perdas superiores a 500 mil milhões de ienes em diversas regiões, nomeadamente América do Norte, América Latina, Europa e Japão.

O recém-nomeado presidente executivo, Ivan Espinosa, sublinhou que essas medidas de contenção são parte de um esforço de estabilização, mesmo com os encargos de reestruturação a ultrapassar os 60 mil milhões de ienes e uma dívida de 11,7 mil milhões de euros associada às operações automóveis.

Além disso, as negociações iniciadas no final de 2024 com a Honda, destinadas a criar o terceiro maior grupo automóvel do mundo, encontram-se suspensas desde fevereiro, facto que culminou na saída do ex-presidente executivo Makoto Uchida e agravou o momento desafiador vivido pela Nissan.