Mulher detida na Tailândia por extorsão e sedução de monges budistas
A polícia tailandesa prendeu uma mulher por seduzir monges budistas e extorquir grandes quantias de dinheiro. A investigação revelou práticas de chantagem relacionadas a relacionamentos secretos.

A polícia da Tailândia anunciou a detenção de Wilawan Emsawat, uma mulher residente na província de Nonthaburi, situada ao norte de Banguecoque, sob suspeita de seduzir monges budistas e extorquir importantes somas de dinheiro. Emsawat foi acusada de extorsão, branqueamento de capitais e de receber bens roubados.
As autoridades confirmaram que até ao momento, nove monges foram expulsos de templos por violarem o voto de celibato, conforme reportado pelo Gabinete Central de Investigação da polícia. As investigações levaram à descoberta de transferências de dinheiro feitas por um monge para Emsawat a partir de uma conta bancária do templo.
Num contraste com a sua imagem pública, a detida admitiu ter tido um relacionamento íntimo com um monge numa entrevista a meios de comunicação locais. A polícia revelou que Emsawat tinha uma tendência por escolher monges mais velhos, recebendo somas elevadas de vários deles.
De acordo com Jaroonkiat Pankaew, comissário-adjunto do Gabinete Central de Investigação, a investigação começou após o súbito abandono de um abade de um templo em Banguecoque. Os agentes descobriram que o abade tinha sido alvo de chantagem devido à sua relação com Emsawat, que alegadamente lhe afirmou estar grávida e exigiu 7,2 milhões de baht (aproximadamente 190 mil euros) em apoio financeiro.
A investigação prosseguiu e revelou que os dispositivos móveis da mulher continham dezenas de milhares de fotografias e vídeos, bem como registos de conversas que indiciavam a sua intimidade com vários monges, em potencial condição de chantagem.
Em resposta a este escândalo, o primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, ordenou uma revisão das legislações em vigor relacionadas com monges e templos, com foco especial na transparência financeira, como forma de restaurar a confiança no Budismo, conforme relatado pelo porta-voz do governo, Jirayu Houngsub.