Política

Montenegro garante estabilidade na Segurança Social caso seja eleito

há 6 horas

O candidato a primeiro-ministro prometeu que não haverá mudanças no sistema de Segurança Social na próxima legislatura, em resposta às críticas do PS sobre privatização.

Montenegro garante estabilidade na Segurança Social caso seja eleito

Durante o único debate entre Luís Montenegro, líder do PSD, e Pedro Nuno Santos, do PS, assinalado antes das eleições antecipadas de 18 de maio, a questão da Segurança Social esteve em foco. Montenegro afirmou categoricamente que, se obter a vitória eleitoral, não promoverá quaisquer alterações ao sistema de Segurança Social durante a próxima legislatura.

A declaração surge após o líder do PS ter acusado a AD de pretender a privatização parcial do sistema. Em resposta, Montenegro defendeu-se, sugerindo que a análise das diretrizes de privatização, propostas pela administração anterior da qual Pedro Nuno Santos fez parte, é uma prática válida. "Estamos apenas a analisar o que foi encomendado pelo seu governo", destacou.

Montenegro sublinhou que, se um futuro governo do PSD/CDS-PP decidisse modificar o sistema de Segurança Social, isso ocorreria apenas após uma consulta popular. Este ponto foi contestado por Pedro Nuno Santos, que expressou ceticismo quanto à neutralidade do estudo em questão, insinuando que as conclusões só poderiam legitimar uma agenda de privatização.

No âmbito da habitação, os dois líderes divergiram amplamente, embora concordassem em acelerar a construção habitacional. Pedro Nuno Santos propôs usar parte dos lucros da Caixa Geral de Depósitos, o que foi contestado por Montenegro, que criticou as políticas do PS que, segundo ele, resultaram num desinvestimento na habitação.

Montenegro também reconheceu que o governo enfrenta dificuldades em cumprir os apoios ao arrendamento, mas atribuiu essas falhas à simplificação de critérios que antes excluíam jovens. Por sua vez, Nuno Santos reivindicou que o governo atual ofereça suporte insuficiente aos jovens, alegando que as políticas do executivo são mais retóricas do que eficazes.

O debate continuou aceso quando a questão da prioridade dada aos jovens foi levantada. Montenegro aproveitou para refutar críticas do PS, argumentando que as suas políticas, como a isenção de impostos e o passe gratuito para under 23, abrangem um maior número de jovens do que as iniciativas anteriores do PS.

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