O embate entre os líderes PSD e PS centrou-se em acusação mútua e em propostas para habitação, saúde e economia. O apagão polarizou opiniões sobre gestão de crises.
Na quarta-feira, o último dos 28 debates televisivos teve como protagonistas o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, e o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos. Esta troca de ideias ocorreu após um adiamento provocado por um apagão generalizado em Portugal e Espanha, ocorrido na segunda-feira.
O debate, transmitido simultaneamente pelas principais cadeias de televisão — RTP, SIC e TVI — foi realizado na Nova SBE em Carcavelos e revelou-se tenso, carregado de acusações sobre a falta de seriedade e incompetência de ambos os lados. As discussões focaram-se na crise que resultou na queda do Governo, com ênfase nos negócios familiares de Montenegro, assim como nas propostas de ambos os partidos para as áreas da habitação, saúde e economia.
Uma das principais divergências emergiu em relação à gestão do apagão, onde Montenegro defendeu que a resposta do governo foi eficaz, enquanto Pedro Nuno Santos criticou a falta de coordenação nas ações tomadas.
Por fim, está agendado um debate composto pelos oito líderes parlamentares para domingo, assim como um outro com os partidos sem representação na Assembleia da República, que será transmitido pela RTP.