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Ministério Público solicita pena de 226 anos para português acusado de homicídios em Espanha

há 4 horas

Começou hoje em Madrid o julgamento do cidadão português que em 2022 matou quatro pessoas durante um casamento em Espanha. O Ministério Público pede 226 anos de prisão, enquanto as famílias das vítimas desejam prisão permanente.

Ministério Público solicita pena de 226 anos para português acusado de homicídios em Espanha

O julgamento de M. da S. M., um português nascido em 1987 e residente em Espanha, teve início hoje em Madrid, onde é acusado de provocar a morte de quatro pessoas e ferir nove durante um casamento em Torrejón de Ardoz em 2022. O Ministério Público solicita uma pena total de 226 anos de prisão, enquanto os familiares das vítimas pedem a aplicação de prisão permanente.

De acordo com a acusação, no dia 6 de novembro de 2022, M. da S. M. utilizou o seu veículo para irracionalmente atropelar um grupo de convidados à festa. O advogado Juan Manuel Medina, representante da família de uma das vítimas, um adolescente, descreveu o ato como semelhante a um ataque terrorista, sublinhando que não existe dúvida quanto à intenção criminosa do acusado, corroborada por laudos periciais que confirmam a aceleração do carro em direção ao grupo concentrado junto ao restaurante onde se realizava o evento.

A Procuradoria espanhola indica que o réu, que apresenta antecedentes criminais, estava na festa com os seus dois filhos e sobrinhos, tendo sido afastado do local após um incidente envolvendo um dos menores. A discussão que se seguiu foi para o exterior do restaurante, momento em que o acusado decidiu ir ao carro e acelerar em direção ao grupo, demonstrando uma clara intenção de causar danos.

Após o atropelamento, M. da S. M. fugiu, mas foi detido horas depois e permanece em prisão preventiva. As vítimas mortais incluem uma mulher de 66 anos, dois homens de 68 e 37 anos, bem como um adolescente de 17 anos, todos de nacionalidade espanhola.

O tribunal constituiu hoje o jurado popular e, ao longo dos próximos dias, ouvirá várias testemunhas e peritos, com sessões agendadas até 30 de maio. O réu será ouvido em seguida, antes das alegações finais. A segurança em torno do tribunal foi reforçada devido a potenciais tensões entre as famílias do acusado e as das vítimas, embora apenas jornalistas tenham se concentrado nas imediações nesta data.

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