Apagão em larga escala parou o metro e afetou diversas linhas de transportes em Lisboa, desencadeando caos e dificuldades de comunicação na cidade.
O sistema metroviário de Lisboa ficou inoperante ao meio-dia, depois de um apagão massivo ter provocado a suspensão do serviço, afetando toda a Península Ibérica. Na estação do Areeiro, mesmo com os pórticos de entrada e saída ainda iluminados, confusões ocorreram ao ver que o metro não circulava.
Um segurança presente na estação referiu que "o metro não está a circular" e que, apesar de ter bloqueado as outras saídas, a falta de energia impediu um controlo efetivo das portas, que dependem de chaves codificadas. Enquanto isso, a estação do Colégio Militar foi evacuada, com barreiras a dificultar a entrada de passageiros.
Esta situação de emergência também afetou o serviço de autocarros. As filas crescentes nas paragens, especialmente no terminal do Campo Grande, ilustram claramente o caos reinante. Um trabalhador da Carris, que opera os transportes rodoviários urbanos, destacou que, desde o início da falha, houve dificuldades para estabelecer contactos, problema que se agravou com a inoperância dos sistemas de comunicação.
Motoristas de autocarro descrevem cenas de desordem, com a cidade repleta de ambulâncias e bombeiros, enquanto passageiros, anteriormente no metro, encontram-se desorientados quanto à sua deslocação. Segundo uma destas testemunhas, "os cuidados são redobrados" e um novo episódio caótico era esperado a partir da tarde.
Para a REN – Redes Energéticas Nacionais, o apagão, que se verificou às 11:30, afetou não só a Península Ibérica, mas também parte do território francês, levando à implementação gradual de um plano de restabelecimento do fornecimento de energia.