A juíza Lilian Moreno revogou o mandado de captura contra Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, acusado de tráfico de uma menor em 2015. O líder indígena nega as acusações.
Uma importante decisão judicial ocorreu na Bolívia, onde a juíza Lilian Moreno anulou o mandado de captura contra Evo Morales, o antigo Presidente da Bolívia, que se enfrenta a acusações de tráfico de uma menor. As alegações remontam a 2015, quando Morales era chefe de Estado e incluem um suposto acordo com os pais da jovem envolvida.
O Ministério Público tinha solicitado a detenção de Morales, de 65 anos, que se encontra refugiado na região de Chapare, onde a polícia nunca efetuou a prisão. A defesa do ex-presidente confirmou a cancelamento das ordens de arresto, embora as razões desta anulação ainda não tenham sido tornadas públicas.
Morales, que foi o primeiro chefe de Estado boliviano de origem indígena, sempre se defendeu, alegando que é vítima de "perseguição judicial" orquestrada pelo governo atual, liderado por Luis Arce, seu ex-ministro da Economia. O ex-dirigente, que governou entre 2006 e 2019, sublinha que um inquérito anterior relacionado com as mesmas acusações foi arquivado em 2020.
Apesar dos obstáculos legais, Morales aspira a um quarto mandato nas próximas eleições presidenciais, programadas para 17 de agosto, mesmo após uma decisão do Tribunal Constitucional ter fixado um limite de dois mandatos para os presidentes.