Macron repudia brutal ataque em mesquita e defende liberdade religiosa

Emmanuel Macron expressou hoje o seu repúdio ao flagrante de ódio ocorrido numa mesquita, no sul de França, onde um jovem fiel foi esfaqueado repetidamente enquanto rezava. O Presidente afirmou que “o racismo e o ódio motivados pela religião nunca terão lugar em França” e enalteceu a inviolabilidade da liberdade de culto.

Segundo declarações do procurador de Alès, Abdelkrim Grini, o ataque ocorreu por volta das 08h30, quando dois homens, ambos praticantes da fé muçulmana, estavam a rezar. O agressor esfaqueou a vítima cerca de 40 a 50 vezes, fugindo do local posteriormente. Apesar de ter registado um vídeo em que insultava Alá logo após o crime, o suspeito foi identificado como um homem, na casa dos 20 anos, procedente de uma família da Bósnia e natural de Lyon, e mantém-se foragido.

A notícia, que abalou a comunidade e a política francesa, teve também uma vertente de possível crime motivado por factores racistas e islamofóbicos – denúncia que foi ecoada por vários líderes políticos, como o primeiro-ministro François Bayrou e o líder de esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, que convocaram manifestações em solidariedade com a vítima e em repúdio à islamofobia.

O caso segue em rigorosa investigação, com as autoridades a empenharem-se na captação do suspeito, considerado “potencialmente extremamente perigoso”. Enquanto isso, Macron reitera o apoio da nação à comunidade muçulmana e à família da vítima, num apelo à união contra todas as formas de ódio.