Macau anuncia a utilização de canais automáticos e reconhecimento biométrico para agilizar a entrada de visitantes estrangeiros, promovendo uma imigração mais célere e segura.
Macau revela medidas inovadoras para modernizar os seus controlos fronteiriços. Durante a apresentação do programa político para 2025 na área da segurança, Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, anunciou a ampliação dos pontos de passagem automática, direcionados a visitantes estrangeiros que não possuam estatuto de residente ou autorização de trabalho.
O novo plano pretende facilitar os intercâmbios com o exterior, recorrendo à expansão dos dispositivos de autosserviço para o Sistema de Recolha de Dados Biométricos. Segundo o dirigente, esta tecnologia será implementada a todos os visitantes estrangeiros, contribuindo para uma gestão mais eficiente dos fluxos na entrada do território e melhorando o processo de imigração.
O secretário referiu ainda a continuação do aperfeiçoamento do reconhecimento por íris, tecnologia que será, em breve, estendida aos não residentes, em linha com os planos de 2025. O objetivo é autorizar um maior número de turistas a utilizar os canais automáticos, promovendo assim uma circulação mais ágil em toda a região da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
O contexto desta reforma insere-se num quadro mais amplo de integração e desenvolvimento regional. Em 2024, Macau registou 34,9 milhões de visitantes – um crescimento de 23,8% – embora apenas 2,42 milhões tenham sido turistas internacionais. Paralelamente, as recentes mudanças na política de vistos, como a isenção para portugueses e a flexibilização das regras para residentes estrangeiros, reforçam o compromisso do território em atrair visitantes e fomentar a ligação com a Grande Baía.