A DST prevê entre 630 e 700 mil visitantes na “semana dourada” (1 a 5 de maio), com um crescimento entre 4,1% e 15,7%, enquanto inquietações globais afectam outras metas.
Macau prepara-se para uma semana de alta atividade turística durante os feriados do Dia do Trabalhador, com previsões de um aumento de 4,1% até 15,7% no número de visitantes em comparação com a mesma época do ano anterior.
A diretora dos Serviços de Turismo de Macau (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, informou que se espera uma média diária entre 127 mil e 140 mil turistas durante o período de 1 a 5 de maio, período conhecido na China continental como “semana dourada”.
Para jornalistas de língua portuguesa, foi previsto um total de entre 630 mil e 700 mil visitantes neste intervalo, representando uma das épocas de maior dinamismo turístico no território.
Numa nota associada ao desempenho do Aeroporto Internacional de Macau, a companhia gestora reconheceu na quinta-feira que poderão ser difíceis de alcançar as metas de passageiros e carga fixadas para 2025, devido a uma conjuntura geopolítica e a uma instabilidade económica a nível global.
Contudo, Senna Fernandes sublinhou que "ainda é um bocadinho cedo" para ajustar as expectativas relativamente ao número total de visitantes no ano, meta que ronda os 39 milhões. "Realmente, as políticas estão a mudar todos os dias. Não temos ainda uma visão global; talvez daqui a duas semanas possamos avaliar melhor a situação", afirmou.
"Estamos a proceder com muito cuidado, acompanhando atentamente os desenvolvimentos a nível mundial. Temos de manter o otimismo, fazer o nosso trabalho e, ao mesmo tempo, preparar-nos para quaisquer eventualidades", concluiu a dirigente.
A intervenção decorreu após a cerimónia de abertura da 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, evento que reúne vários nomes e tendências do setor.
Em declarações anteriores, datadas de 10 e 15 de abril, Senna Fernandes e o líder do Governo, Sam Hou Fai, referiram os impactos potenciais das tarifas americanas nas importações chinesas e os efeitos da desaceleração das receitas do jogo, respetivamente. Hou Fai chegou a sinalizar a possibilidade de um défice orçamental para 2025 e alertou para o sentimento de risco, sobretudo após a deflação registada em março na China continental.
Assim, Macau mantém uma abordagem prudente e otimista, ciente dos desafios económicos e das incertezas que o cenário global pode proporcionar.