Macau enfrenta queda de hóspedes enquanto a ocupação hoteleira atinge novos patamares

Segundo a Direção dos Serviços de Estatística e Censos, os hotéis e pensões de Macau acolheram 3,57 milhões de hóspedes nos três primeiros meses de 2025, representando um declínio de 5,4% comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

Queda nos preços e nos hotéis de categoria alta: O recuo no número de hóspedes deve-se, em parte, à redução dos preços médios, sobretudo nos hotéis de cinco estrelas (queda de 12,7% para 1.447 patacas) e também nos de três estrelas, que registaram uma diminuição de 6,3% para 881 patacas.

No entanto, o território continua a atrair um elevado fluxo de visitantes, tendo recebido quase 10 milhões de turistas (um aumento de 11,1% face a 2024), embora cerca de 59% destes tenham chegado em excursões organizadas, permanecendo na cidade por menos de um dia.

Ocupação recorde: A taxa de ocupação média dos hotéis e pensões subiu para 90,1% entre janeiro e março. Esta alta deve-se, também, à redução do número de quartos disponíveis, que caiu 5,8%, situando-se em cerca de 44 mil, e ao aumento do número de estabelecimentos, que chegou a 147, o maior desde 1997.

Paralelamente, a agência de notação Fitch prevê uma desaceleração no crescimento económico de Macau para 6,9% este ano, num cenário de recuperação mais lenta do turismo e do setor do jogo, mesmo com as recentes medidas favoráveis, como a possibilidade dos residentes de Zhuhai visitarem Macau uma vez por semana durante até sete dias.