Israel mobiliza reservistas para a ofensiva em Gaza e apunta armas ao Irão

O Exército israelita confirmou, em comunicado, que mobilizou dezenas de milhares de reservistas para intensificar a sua operação na Faixa de Gaza, com a intenção de eliminar "todas as infraestruturas" do Hamas. O tenente-general Eyal Zamir, chefe do Estado-Maior, destacou que a pressão sobre o grupo militante será aumentada com o duplo objetivo de recuperar reféns e derrotar o Hamas.

"Vamos expandir as nossas ações, destruindo toda a infraestrutura, tanto na superfície como no subterrâneo", afirmou Zamir.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também fez declarações hoje sobre retaliações. Depois de um míssil reivindicado pelos rebeldes huthis do Iémen ter atingido o aeroporto Ben Gurion, Netanyahu prometeu ações severas contra estas forças, sublinhando um foco particular em Teerão. "Agimos no passado e continuaremos a agir. Não quero entrar em detalhes, mas a resposta não será silenciosa, haverá consequências significativas", disse.Seis pessoas ficaram feridas no ataque ao aeroporto, que interrompeu as operações aéreas durante cerca de uma hora.

Netanyahu condicionou ainda um possível ataque ao Irão à escolha do momento e local adequados, responsabilizando o regime iraniano pelo lançamento do míssil. "O presidente Trump tinha razão: os ataques huthis têm origem no Irão. Israel responderá ao ataque que sofreu, tanto ao aeroporto quanto a seus apoiantes iranianos", acrescentou, referindo-se a uma mensagem anteriormente divulgada pelo ex-presidente dos Estados Unidos.