Cultura

IndieLisboa 2023: Inovação e Diversidade no Cinema

há 5 horas

O IndieLisboa 2023 surpreende com uma programação diversificada, que une inovação, cinema nacional e experiências únicas para todos os públicos.

IndieLisboa 2023: Inovação e Diversidade no Cinema

IndieLisboa 2023 inicia na próxima quinta-feira, estendendo-se até ao dia 11 em várias salas de Lisboa, com cerca de 240 filmes que ressaltam a criatividade e a diversidade cinematográfica, destacando uma forte presença do cinema português e uma aposta no discurso profissional.

Conforme explica a uma agência, a diretora e programadora Susana Rodrigues, o festival constrói anualmente uma narrativa única, orientada pelas obras que recebe e pelas temáticas emergentes, sem se restringir a géneros ou formatos. “É o festival que confere a mesma importância a curtas e longas, documentários, ficção, animação, experimental e ensaio, mantendo-se fiel ao seu espírito de promover novos realizadores e filmes fora dos circuitos comerciais”, afirma.

A abertura passa pela comédia surreal “Une Langue Universelle”, do realizador canadiano Matthew Rankin, que retrata um Canadá onde todos falam persa – obra ainda concorrente aos Óscares. Já o encerramento reserva “Caught by the tides”, do chinês Jia Zhang-ke, que narra a trajetória de uma bailarina e um produtor musical, tendo a China como pano de fundo durante duas décadas.

Entre estes dois momentos, o festival oferece dezenas de propostas divididas em secções competitivas – incluindo as categorias nacional, internacional e Novíssimos – e retrospetivas, como a dedicada à realizadora búlgara Binka Jeliaskova. Destaque também para a intervenção do artista britânico Charlie Shackleton, que apresenta o ousado “Paint Drying”, um experimento de protesto com dez horas de duração, projetado na Sala Rank, antiga plataforma de censura durante o Estado Novo.

O programa inclui ainda a exibição da trilogia “Youth”, do realizador chinês Wang Bing, acompanhada de um debate com o público, e experiências singulares como sessões de cinema na piscina municipal da Penha de França e a maratona noturna “Boca do Inferno”.

No âmbito da competição nacional, destacam-se dez longas e 16 curtas, com várias estreias – nacionais e mundiais –, como a estreia de “A vida luminosa”, de João Rosas, bem como obras de realizadores consagrados como Denise Fernandes, Paula Tomás Marques e José Filipe Costa. Ressalta-se que o festival reforça o apoio ao cinema português, tendo até sido necessária a reavaliação de alguns projetos, como o de Ico Costa, face a denúncias de violência doméstica, numa decisão pautada pelos princípios de integridade e responsabilidade social.

O IndieLisboa 2023 promete, assim, uma experiência única que conversa com o público e reforça o espírito comunitário, reinventando a forma de se viver o cinema nos dias de hoje.

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