Incêndio na Lousã sob vigilância após evacuação de povoações

O incêndio que começou na passada quinta-feira na Lousã e se alastrou até Góis, no distrito de Coimbra, está atualmente sob vigilância, sem frentes ativas. No entanto, as operações de monitorização continuam a ser uma prioridade, conforme afirmou Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal.

Antunes destacou o esforço da equipa de operacionais no terreno, que ao longo do dia, com suporte de meios aéreos, conseguiu controlar vários focos de reacendimento, incluindo um em Serpins, outro em Góis, e ainda nas imediações do Trevim.

Ainda que o incêndio esteja “em curso”, conforme indicado na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, um total de 432 operacionais e 139 viaturas estão atualmente envolvidos nas operações de contenção.

“Temos trabalhado arduamente, e até agora tudo é controlado. Contudo, existe uma área na serra que necessita de mais atenção”, informou o autarca, sublinhando que a situação permanece sob estrito monitoramento devido a reativações mais severas na área de Góis.

Luís Antunes manifestou a esperança de que a disparada deste incêndio, que levou à evacuação preventiva de várias povoações acima da localidade de Candal, possa ser finalmente extinta na próxima segunda-feira, quase uma semana após o seu início. “É a nossa expectativa e assim, ao amanhecer de amanhã, teremos uma visão mais positiva do que a atual”, comentou.

Desde julho, Portugal continental tem-se debatido com diversos incêndios rurais, especialmente nas regiões Norte e Centro, em um cenário de altas temperaturas que levou à declaração do estado de alerta desde 2 de agosto. Os incêndios resultaram em dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, além de causarem danos significativos a habitações e áreas agrícolas.

Em resposta à gravidade da situação, o país ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, e está previsto que na segunda-feira cheguem dois aviões Fire Boss para intensificar o combate às chamas.

De acordo com dados provisórios, até 17 de agosto, cerca de 172 mil hectares arderam em Portugal, superando a área queimada em todo o ano de 2024.