Combate ao incêndio no Douro internacional apresenta sinais de alívio
O incêndio em Freixo de Espada a Cinta mostra progressos, mas a Proteção Civil permanece atenta às zonas de Mós e Carviçais, onde a situação ainda é preocupante.

Depois de um dia de intenso combate às chamas, o incêndio deflagrado na tarde de sexta-feira em Freixo de Espada a Cinta, Bragança, começou a mostrar sinais de controlo, segundo declarações de João Noel Afonso, comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes.
Apesar desse progresso, a Proteção Civil mantém vigilância em torno das localidades de Mós e Carviçais, onde as operações de combate às chamas estão a ser intensificadas para assegurar a segurança das populações.
O fogo iniciouse em Poiares, situando-se no Parque Natural do Douro Internacional, e rapidamente se propagaou para os concelhos vizinhos de Mogadouro e Torre de Moncorvo, também localizados no distrito de Bragança.
Durante a noite, as equipas de emergência irão concentrar-se em labores de vigilância e rescaldo, com a expectativa de uma boa visibilidade nas primeiras horas de segunda-feira, permitindo assim a mobilização de meios aéreos.
Até ao momento, o incêndio consumiu mais de 10 mil hectares de território. Às 23h00, estavam activados no terreno 361 operacionais, apoiados por 124 veículos e oito máquinas de rasto, além de recursos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da GNR.
A situação de incêndios em Portugal continental tem-se intensificado desde julho, especialmente nas regiões Norte e Centro, em resposta a temperaturas elevadas que levaram à declaração de estado de alerta desde o início de agosto. Até à data, os incêndios resultaram em duas fatalities, incluindo um bombeiro, e vários feridos, com danos significativos em habitações e áreas agrícolas e florestais.
Em resposta a esta crise, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, com a chegada prevista de dois aviões Fire Boss para reforçar os esforços de combate aos incêndios. Até 17 de agosto, as estimativas indicam que mais de 172 mil hectares foram devastados, superando a área ardida durante todo o ano de 2024.