Incêndio em Arganil: Autarca evita previsões sobre situação
Apesar de uma frente ativa mas controlada em Arganil, o presidente da Câmara reluta em fazer previsões sobre a evolução do incêndio.

Na última noite, o incêndio que lavra em Arganil apresentava uma frente ativa, embora "controlada", na zona rural do concelho, situado no interior do distrito de Coimbra. O autarca, Luís Paulo Costa, mostrou-se cauteloso em fazer previsões sobre a evolução da situação, apesar do controlo atual.
A frente de incêndio deslocou-se, durante a noite, da localidade de Porto Castanheiro para as encostas ao redor das aldeias de Teixeira e Relvas, que ficam perto da fronteira com Pampilhosa da Serra. Os esforços dos bombeiros, contando com apoio aéreo e maquinaria pesada, têm sido cruciais para manter a situação sob controlo.
“Está tudo controlado, em princípio as coisas vão correr bem, a menos que soprem ventos inesperados. Contudo, é uma conclusão sempre precária. Para mim, cada dia se torna mais difícil de prever o que está por vir”, declarou Luís Paulo Costa à agência Lusa.
O autarca recordou que, no sábado à tarde, a situação parecia estabilizada, mas em apenas duas horas a situação parecia novamente fora de controle, o que o leva a afirmar: “Portanto, prognósticos só quando tudo estiver resolvido”.
A ação operacional em Arganil foi reforçada, com um contingente total de 1.116 operacionais a trabalhar no terreno, apoiados por 384 viaturas.
O país tem enfrentado uma série de incêndios desde julho, especialmente nas regiões Norte e Centro, em meio a temperaturas elevadas que levaram à declaração de estado de alerta a partir de 02 de agosto. Desde então, os incêndios resultaram em pelo menos duas mortes, incluindo um bombeiro, e um número considerável de feridos, sendo a maioria sem gravidade. Além disso, vários imóveis, bem como áreas florestais e agrícolas, foram severamente afetados.
A resposta a esta crise de incêndios inclui a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, com a chegada, na próxima segunda-feira, de dois aviões Fire Boss para ajudar no combate às chamas. Dados provisórios indicam que, até 17 de agosto, arderam 172 mil hectares em Portugal, superando a área ardida durante todo o ano de 2024.