Governos em Critica por Falta de Condições no Transporte Aéreo de Emergência
PCP e Livre responsabilizam o governo por soluções temporárias na emergência médica, exigindo uma base robusta para o socorro em vez de medidas provisórias.

No âmbito de um protesto nacional em Lisboa, Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, manifestou a sua indignação em relação à abordagem do Governo em relação ao transporte aéreo de emergência médica, que será garantido a partir da próxima terça-feira pela Força Aérea. O político questionou a ausência de helicópteros em operação e criticou a falta de soluções efetivas.
"Porque é que os helicópteros ainda não estão a voar? Isso é que deve ser questionado", afirmou Raimundo, sublinhando que não se trata apenas de encontrar substitutos, mas sim de entender as razões para a situação atual. Ele destacou a necessidade urgente de medidas adequadas para o socorro e criticou as condições de trabalho dos profissionais envolvidos.
O secretário-geral considerou que a retórica do Governo "descreve uma realidade fictícia", ignorando a realidade difícil que as pessoas enfrentam, que inclui necessidade de melhores salários e carreiras. "Estamos a lidar com um jogo de responsabilidades que não traz soluções para a vida das pessoas", disse.
Relativamente à insistência da ministra da Saúde em não se demitir, mesmo após a IGAS apontar que uma morte durante a greve do INEM poderia ter sido evitada, Raimundo expressou que a demissão de ministros não resolve os problemas estruturais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "Devemos demitir a política atual, não os ministros", defendeu.
A deputada do Livre, Filipa Pinto, também presente no protesto, enfatizou a necessidade de uma política de base sólida e não de soluções temporárias que não abordam os problemas subjacentes na assistência à população.
Os ministérios da Saúde e da Defesa Nacional comunicaram que o transporte aéreo de emergência médica será garantido pela Força Aérea até que um concurso público em curso obtenha a aprovação do Tribunal de Contas. A ministra da Saúde reconheceu constrangimentos para a operação dos helicópteros, mas esperava que esses fossem resolvidos.