Governo À Margem e Povo em Alvoroço no 25 de Abril

Pedro Nuno Santos subiu ao parlamento, de cravo na lapela, para falar numa sessão que relembrou o 25 de Abril. No seu discurso, denunciou a postura do Governo, que, segundo ele, permanece à margem enquanto o povo manifesta as suas expectativas e anseios de transparência e justiça.

O líder do PS referiu que, ainda que a democracia portuguesa tenha evoluído, vive um paradoxo: uma cidadania cada vez mais exigente, mas também marcada por desilusão face a problemas como baixos salários e o custo de vida. Para Santos, este clima de desencanto é explorado pela extrema-direita e, em menor medida, pela direita conservadora, que transformam o descontentamento coletivo em instrumentos para atingir interesses de minorias.

Defendendo um projeto genuíno de progresso, o discurso sublinhou a importância de reconquistar a esperança, fundamentada na seriedade e no compromisso com a ética democrática. Santos afirmou que as promessas vazias não respondem aos desafios legados pelo 25 de Abril, enfatizando a necessidade de uma ação que faça jus à memória dos capitães de Abril e ao legado de Mário Soares.

Em síntese, o líder do PS conclamou os políticos a restituir aos portugueses um verdadeiro compromisso coletivo, afastando as práticas de opacidade e vitimização, e a assumir uma responsabilidade real face à transformação social que a nação clama.